A atípica e imprevisível corrida eleitoral deste ano, alterada pelo novo coronavírus, exigirá, sobretudo, dos candidatos à prefeitura de Santa Maria, fôlego. Com o calendário alterado para 15 de novembro, muitos que estavam já definidos terão o desafio de se mostrarem competitivos e evitarem, ao máximo, uma fadiga junto ao eleitorado.
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Já aqueles que, até então, estavam em compasso de espera ou no aguardo de uma sinalização de apoio ou, ainda, de outras definições, ganharam um importante aliado: o tempo.
Independentemente do partido, os candidatos precisarão mostrar resistência. Até porque essa eleição já mostrou que, ao contrário de tudo o que se viu e se viveu até aqui em termos de disputa política, será uma longa e exaustiva maratona. Ou seja, os candidatos precisam ter oxigênio pra trilhar a primeira metade da prova, que será a disputa em primeiro turno.
Não necessariamente quem der a largada na frente terá assegurada a vaga na final de 29 de novembro, a data do segundo turno. Imprevistos acontecem, prova disso é o presente ano. O candidato precisa estar ciente que a maratona será árdua. E, por isso, uma diferença por mínima que seja, bastará para alçar o candidato ao segundo turno.
NÃO BASTA
SER VELOCISTA
Dificilmente teremos um Usain Bolt, que dispare anos-luz à frente dos demais. Se bem que, na política, o imprevisível e o inusitado, não raro, encontram-se. Igualmente importante destacar que cavalos paraguaios podem, ainda, dar o ar da graça. São aqueles casos de exemplares que dão muito bem a largada, e, por algum tempo, fazem muitos crerem que triunfarão. Porém, logo ali adiante, acabam ficando pelo caminho.
Quem hoje, ao analisar o cenário eleitoral de Santa Maria, der qualquer projeção precisa sobre o pleito do município estará ou agindo de má-fé ou, então, dando um atestado de total ignorância.